11 de agosto de 2011

Em busca da virada no Beira-Rio

Foi um jogo duríssimo na Grande Buenos Aires. O Inter largou na frente com um gol de Damião, mas o Independiente conseguiu empatar ainda no primeiro tempo. Na etapa final, Tinga acertou uma bola na trave, e pouco depois os argentinos chegaram ao segundo gol em um lance de bola parada. 2 a 1. O resultado é o mesmo do primeiro jogo da final da Recopa de 2007, e naquela ocasião o Inter virou contra o Pachuca no Beira-Rio, vencendo por 4 a 0 e ficando com o título.
Agora, para ser bicampeão, o Inter precisa vencer por dois gols de diferença em qualquer escore, já que não existe saldo qualificado nas finais. Ou seja: 2 a 0, 3 a 1, 4 a 2, etc serviriam para o Inter ficar com a taça. Vitória por um gol de diferença, também em qualquer escore ( (1 a 0, 2 a 1, 3 a 2, etc), forçaria a realização da prorrogação. Em caso de manutenção da vantagem por um gol do time colorado, a decisão iria para as cobranças de pênaltis.

Gigante vai rugir no dia 24Estes foram apenas os primeiros 90 minutos da decisão. O Colorado está "vivo" na luta por mais um título internacional, e com a força da sua torcida no Gigante, irá em busca do bicampeonato no dia 24 de agosto, às 21h50. É hora da maior e melhor torcida do Rio Grande se mobilizar para fazer do Beira-Rio um caldeirão contra o Independiente! Os ingressos para o jogo decisivo com os argentinos já podem ser comprados pelos sócios do Clube.

Credenciais de campeõesComo a Conmebol, entidade máxima do futebol sul-americano e organizadora da competição, definiu em sua página na internet, o duelo em Avalleneda reuniu dois times históricos. Primeiro porque ambos já foram campeões da Recopa, o Inter em 2007, ao bater o Pachuca na final, e o Independiente em 1995, superando o Vélez Sarsfield na decisão.

O Internacional, Campeão de Tudo – bi da Libertadores, do Mundial FIFA, da Copa Sul-Americana, dentre outros feitos importantes –, disputa o seu oitavo titulo internacional em cinco anos, sendo um dos principais times da América do Sul e o melhor da última década.

O time de Avellaneda, que carrega a alcunha de ‘Rei de Copas’ em virtude das sete conquistas de Libertadores e da própria Copa Sul-Americana – está vencida no ano passado, que lhe deu o direito de disputar a Recopa 2011 –, também conferiu magnitude ao duelo. Enfim, só quem é campeão pode ter o privilégio de decidir um título desta expressão.

Fazendo o nome entre os argentinosO Inter, que já encarou os principais times Argentinos nos últimos anos – Boca Juniors, Estudiantes, Vélez Sarsfield, Banfield e Rosário Central –, em confrontos pela Libertadores e Copa Sul-Americana, teve mais um embate contra uma equipe ‘hermana’. E o Colorado fez frente na casa lotada do ‘El Diablo Rojo’, mostrando toda a sua experiência em desafios sul-americanos.

Escalação com novidade no ataqueO técnico Osmar Loss escalou o time com o objetivo de complicar ao máximo a vida dos argentinos no primeiro jogo da decisão da Recopa. Reforçou o meio-campo, mas sem abrir mão da ofensividade, tanto que o atacante Jô formou dupla com Leandro Damião. O Inter começou com Muriel; Nei, Bolívar, Índio e Kleber; Wilson Matias, Élton, Tinga e D’Alessandro; Jô e Leandro Damião.

Independiente dá as cartas
O jogo começou com muita disputa pela bola. Ambos os times marcavam forte, diminuindo os espaços em campo. Porém, empurrado por sua fanática torcida, a equipe da casa tentou se impor. Aos 6min, Leonel Nuñes cobrou uma falta das proximidades da área com muito perigo. A bola passou raspando a trave esquerda de Muriel. Aos 9min, Iván Pérez cabeceou ao lado do gol após cruzamento da direita de Tuzzio, mas o lance já estava anulado por impedimento. Aos 11min, Nuñes chutou de longe, por cima da trave colorada.

Pressionado, o Inter se fechava atrás e procurava se expor o menos possível. Quando tinha posse de bola, trocava muitos passes na tentativa de encontrar a melhor infiltração no campo argentino. Aos 14min, Nei recebeu lançamento e experimentou o chute de fora da área, mas a bola passou longe do gol adversário.

Kleber deixa o jogo lesionadoComo é tradição entre os argentinos, a marcação imposta pelo Independiente era muito ríspida, e em alguns momentos beirava a deslealdade. Aos 17min, Kleber sofreu dura entrada de Marco Pérez e sentiu uma lesão. Precisou ser substituído por Fabrício, mas o árbitro sequer marcou falta no lance. Lamentável.

Na frente, o artilheiro Leandro Damião lutava contra a marcação de Gabriel Milito. O jogador da Seleção Argentina, que fez sua reestreia pelo time de Avellaneda, dava atenção especial ao atacante, dificultando suas ações. Também se valia de faltas para parar o camisa 9, mas que a arbitragem preferia não assinalar.

Quando encontrava espaço, o Inter tentava ameaçar nos chutes de longa distância, como o do volante Élton, aos 30min, que saiu ao lado direito do goleiro Hilario Navarro. Aos 32min, Tinga fez boa jogada e tocou para Jô, que não conseguiu a finalização.

Damião faz 1 a 0A valentia do Inter em solo argentino foi recompensada aos 36min. Élton desarmou o atacante argentino e ligou um rápido contra-ataque com Nei, que avançou em velocidade pela direita. O lateral foi até a linha de fundo e cruzou para a pequena área, onde Leandro Damião se antecipou ao marcador para desviar para o fundo da rede. Foi o 29º gol de Damião na temporada e o 41º com a camisa colorada!

Empate argentinoO time da Grande Buenos Aires não se abateu. Aos 39min, Pérez assustou em um forte chute que Muriel espalmou para escanteio. Aos 41min, Velézquez voou alto no interior da área e conseguiu desviar de cabeça para empatar o jogo. 1 a 1. O Independiente foi para cima, mas o Inter soube se defender bem, garantindo o empate na etapa inicial.

Perigo iminenteO jogo ficou mais cadenciado no começo do segundo tempo, com os dois times valorizando a posse de bola. Aos 5min, Jô tentou acionar Leandro Damião no interior da área, mas a bola passou pela frente do jogador sem que ele conseguisse o desvio. Porém, o Independiente tinha mais presença ofensiva. Aos 7min, Tuzzio chutou da meia-lua para grande defesa de Muriel, que espalmou a bola. No minuto seguinte, Fredes concluiu para defesa segura do goleiro colorado. Aos 13min, Nunéz chutou de muito longe, mas a bola chegou cheia de veneno até Muriel, que deu um tapa providencial para escanteio.

O time de Avellaneda fez duas alterações aos 16min: Nieva e Cabrera entraram nos lugares de Defederico e Pérez.

Tinga manda na traveO Inter teve boa chance aos 19min, quando Tinga acertou a trave em forte chute da entrada da área. Quase o segundo!

Virada no placarMas o futebol é impiedoso. Aos 27min, Marco Pérez cobrou falta, a bola desviou na barreira, e enganou Muriel. O Independiente fazia 2 a 1 em um lance de bola parada.

Jogo fica abertoCom a desvantagem no placar, o técnico Osmar Loss mexeu no time, colocando os meia-atacantes Andrezinho e Marquinhos nos lugares de D’Alessandro e Jô. Aos 33min, Andrezinho cobrou falta e Leandro Damião tocou de cabeça, mas a bola saiu pela linha de fundo. Aos 36min, Damião avançou com qualidade e chutou para defesa salvadora de Navarro. Pouco depois, Andrezinho cruzou com perigo para a área, mas ninguém conseguiu chegar até a bola.

A resposta argentina veio aos 39min, em uma cabeçada de Nieva que acertou a trave. Na sequência, após bola cruzada para a pequena área colorada, por pouco o atacante do Independiente não conseguiu o desvio para o gol. A partida segiu movimentada até o final, mas o placar não se alterou mais.

"O resultado de empate seria o resultado mais justo, até mesmo pela chances que criamos no segundo tempo. Dentro do Beira-Rio temos totais condições de reverter este resultado negativo, temos um time forte, o Inter é copeiro", falou o técnico Osmar Loss após o jogo.

"Vamos pensar agora no próximo jogo do Brasileirão e depois vamos buscar a vitória e o título da Recopa dentro da nossa casa", avaliou o goleador Leandro Damião.



Independiente (2): Hilario Navarro; Eduardo Tuzzio, Julián Velázquez, Gabriel Milito e Maximiliano Velázquez; Hernán Fredes, Cristian Pellerano, Iván Pérez (Cabrera) e Matías Defederico (Nieva); Leonel Nuñez (Osmar Ferreira) e Marco Pérez. Técnico: Antonio Mohamed.
Internacional (1): Muriel; Nei, Bolívar, Índio e Kleber (Fabrício); Wilson Matias, Élton, Tinga e D’Alessandro (Andrezinho); Jô (Marquinhos) e Leandro Damião. Técnico: Osmar Loss.
Gols: Leandro Damião (I), aos 36min do primeiro tempo, Velázquez (I), aos 41min do primeiro tempo, Marco Pérez (I), aos 27min do segundo tempo.
Cartões amarelos: Bolívar (I), D’Alessandro; Pellerano (I).
Arbitragem: Wilmar Roldán, auxiliado por Abraham González e Humberto Clavijo (trio colombiano).
Local: Estádio Libertadores da América, em Avellaneda, Grande Buenos Aires-Argentina.

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