28 de julho de 2011

Confira as mudanças do São Paulo, sob o comando de Adilson Batista

O técnico Adilson Batista fez o Tricolor ter maior posse de bola, passes e chutes a gol; mas a defesa precisa melhorar!
São apenas dois jogos, muito cedo para fazer qualquer tipo de análise em cima do trabalho de Adilson Batista como treinador do São Paulo. No entanto, os números da equipe, se comparado antes da chegada do novo comandante, subiram notoriamente. Estaria o time ganhando a cara do chefe?

Contra o Atlético-GO e Coritiba, o Tricolor teve características diferentes dentro de campo, quesitos que são considerados como marcas de Adilson durante sua carreira. A ofensividade, tão exigida pelo treinador, começa a ficar visível. Antes dele chegar, o time tinha média de 11,5 arremates por jogo. Nas duas partidas o número subiu para 14.

A média de gols também aumentou de 1,4 para 2,5 e as assistências subiram junto, de 1,4 para 3 por partida. Outro fatores que chamaram a atenção nesses últimos dois jogos foram a posse de bola e a troca de passes. Se em dez rodadas o Sampa teve 14:32 minutos de média na posse de bola, com Adilson o tempo aumentou para 21:24. A média de passes foi outro fator que subiu: de 325,6 para 462.


Na vitória por 4 a 3 sobre o Coritiba, nesta última quarta-feira, um lance chegou a chamar a atenção na troca de passes. No gol de Dagoberto, o segundo da equipe no Couto Pereira, a bola passou pelos pés de quatro jogadores, uma bela triangulação até o camisa 25 colocar para as redes.

A única mudança negativa de relevância foi no sistema defensivo. Com o time mais no ataque, a defesa acabou sofrendo um pouco. Se antes o time tinha a média de tomar um gol por jogo, o número nas duas últimas rodadas subiu para 2,5.

Se mantiver as médias que alcançou no seu começo de trabalho, Adilson Batista tem tudo para seguir bem no comando do São Paulo. Ainda é cedo, mas os números são bem animadores.

COMENTÁRIO:
Como bem disse a reportagem do Lancenet!, ainda é cedo para analisar o trabalho do Adilson Baptista.

Mas os números mostram uma tendência bastante clara: o SPFC tornando-se um time ainda mais ofensivo, e com um futebol mais envolvente.

O time passou a assumir este perfil desde a chegada de Carpegiani, que sempre quis montar uma equipe com 3 atacantes, aproveitando-se da velocidade dos atacantes tricolores. Apesar do bom aproveitamento (68%), Carpegiani acabou não tendo sucesso por conta das derrotas nas partidas decisivas.

Mas o fato é que Adilson parece disposto a aproveitar o lado positivo do trabalho do Carpegiani, aperfeiçoando o aspecto negativo: os chutes a gol. No início da temporada, esse era um dos grande problemas do SPFC, que tinha facilidade para ir ao ataque, mas não conseguia penetrar na zaga adversária. Ou seja, o time ficava com a bola mas não conseguia chutar a gol.

Com Adilson, o time melhorou nesse quesito, mesmo sem contar com o retorno de Luis Fabiano.
Outra questão relevante é a posse de bola. Com o novo treinador, o time teve um aumento considerável de 50% neste quesito. E o mais importante é que não se trata daquela posse de bola improdutiva – pelo contrário, esse tempo a mais com que o time passa com a bola nos pés se reverte em chances concretas de gol.

O único porém, como se sabe, é o sistema defensivo. E para piorar, a Diretoria não conseguiu contratar o tão esperado zagueiro. Ou seja, Xandão (ou quem sabe até mesmo Luis Eduardo) terá que dar conta do recado.

Contudo, acredito que a defesa tricolor poderá evoluir caso Ivan Piris (jogador razoável mas que marca melhor do que Jean improvisado) e Henrique Miranda assumam a titularidade.

Assim, acredito que esse time ainda poderá dar alegrias à torcida na temporada 2011.
BlogdoNavarro

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